terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Cerâmica de Revestimento

A cerâmica de revestimento é uma mistura de argila e outras matérias-primas inorgânicas, queimadas em altas temperaturas, utilizada em larga escala pela Arquitetura. Sua aplicação com esses fins teve início com as civilizações do Oriente Próximo e Ásia.
Na arquitetura europeia, a cerâmica de revestimento se fez presente desde que os primeiros edifícios de tijolo ou pedra foram erguidos. O seu uso na arquitetura foi dirigido tanto a um apelo decorativo, quanto prático.
As limitações iniciais da técnica vêm sendo superadas pela descoberta e implantação de novos usos e processos, determinados, basicamente, pela pesquisa e adoção de mudanças tecnológicas, por exemplo, na bitola e no formato das peças, nos métodos de queima, no tamanho e tipo de fornos, nas técnicas de esmaltação, entre outros.

Aplicação e Uso


A placa cerâmica pode ser utilizada para os revestimentos de pisos, paredes, na forma de azulejos, ladrilhos e pastilhas, tanto em ambientes residenciais, públicos e comerciais como em industriais.
O desempenho técnico do material explica suas vantagens de uso:
  • proteção contra infiltrações externas;

 

 Produção

O processo de produção da Cerâmica de Revestimento é bastante automatizado, utilizando equipamentos de última geração, mas existe interferência humana nas atividades de controle do processo, inspeção da qualidade do produto acabado, armazenagem e expedição.

 

Preparação dos materiais

Os materiais utilizados para a fabricação da cerâmica de revestimento são:
  • O pó, que constitui o produto resultante da fase da preparação das massas;
  • As fritas ou esmalte, que é uma cobertura vitrificada impermeável aplicada no biscoito.

Descarte

Em quase todo o processo de fabricação da cerâmica de revestimento, há algum tipo de descarte de resíduo, sendo este não mais reutilizado. Na indústria brasileira de revestimentos cerâmicos o volume de material descartado por quebra representa em média 3% de toda produção nacional.
O que não pode ser nem reutilizado e nem reciclado, é despejado em lixos urbanos, mais ou menos autorizados, ou mesmo dispersos no ambiente. No caso dos despejos em centros legais de processamento de lixo, os produtos eliminados devem ser devidamente recolhidos e transportados, bem como devem ser tratados aqueles que apresentarem substâncias tóxicas ou nocivas. Alguns esmaltes utilizados no processo de fabricação da cerâmica contêm metais pesados como chumbo e cádmio, e se a frita utilizada for à base de sódio, solubiliza-se em presença de água e pode contaminar o solo.

Reaproveitamento da quebra

Ao longo dos últimos anos, vários estudos e testes foram promovidos, visando a reutilização dos cacos gerados no processo. A presença do esmalte cerâmico queimado e tonalidades da massa impediram o seu uso. A massa cerâmica evoluiu na sua formulação e novos testes foram feitos permitindo a adição do caco (quebra) moído em percentuais reduzidos, que juntado a um trabalho constante de redução das quebras nos fornos, a curto prazo permitirá incorporar toda a quebra novamente no processo. O Sistema de moagem e Reaproveitamento da quebra é isto: uma central para onde é deslocada toda a quebra gerada nos processos de produção das Cerâmicas. São utilizados equipamentos para a britagem destas quebras (conjunto de britadores primário e secundário), reduzindo a pó a quebra gerada nos mais diversos formatos e dimensões. Este pó é reutilizado na formulação da massa em percentuais que não interferem na qualidade do produto final.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cer%C3%A2mica_de_revestimento

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